PM e Corpo de Bombeiros salvaram, em média, 2 bebês engasgados por dia em 2023.
Os profissionais socorreram 760 crianças por meio do atendimento de emergência dos números 190 e 193.
Durante o ano de 2023, as equipes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de São Paulo responderam a 760 chamados de desengasgos de bebês através dos números de emergência 190 e 193. Graças à prontidão e eficácia desses serviços, em média, duas vidas infantis foram salvas diariamente no estado.
Um desses casos envolveu a filha da empresária Karina Mello, que enfrentou um momento de aflição três anos atrás. Com apenas um mês de vida, Mirella se engasgou com o leite materno enquanto estava no berço. Rapidamente, Karina ligou para os Bombeiros no 193, pedindo socorro.
Com a orientação precisa do operador, em poucos minutos foi possível desengasgar a criança. “Eu estava desesperada”, recordou Karina. “Enquanto eu seguia as instruções pelo telefone, minha mãe realizava as manobras na bebê até que ela voltou a respirar.” Mesmo após o salvamento, uma viatura foi enviada ao local e Mirella foi levada ao hospital, onde recebeu cuidados médicos e foi liberada.
Os mesmos policiais que atenderam à emergência no hospital encontraram-se em patrulha na região do Jabaquara nos dias seguintes, onde Karina reside com a filha. Reconhecendo os agentes, a mãe fez questão de expressar sua gratidão novamente pelo cuidado e atenção demonstrados por eles.
Nos últimos dois anos, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) e o Centro de Operações do Corpo de Bombeiros (Cobom) receberam 1,5 mil chamados para casos de desengasgo de bebês. “A calma, técnica e orientação do operador foram fundamentais para minha filha voltar a respirar”, enfatizou a empresária.
Treinamento contínuo é proporcionado aos operadores do Copom e Cobom para aprimorar o atendimento de emergência. Durante um curso de seis semanas, são ensinadas técnicas desde o básico até o avançado para auxiliar vítimas por telefone em casos de engasgamento, abrangendo desde recém-nascidos até adultos.
O comandante do Copom, coronel Carlos Henrique Lucena, destacou a importância da capacitação para o atendimento, enfatizando que a técnica aliada à calma é crucial para salvar vidas.
Além dos atendimentos rotineiros e de salvamento, os policiais militares são treinados para lidar com situações como parada cardiorrespiratória, hemorragias e vazamentos de gás.
Houve casos em que o salvamento de bebês ocorreu no próprio Batalhão da Polícia Militar. Em novembro de 2023, Gabriel, de dois anos, teve uma convulsão e se engasgou com a saliva. Sua mãe, Carolina de Souza, estava sozinha em casa, no Grajaú, zona sul de São Paulo. Um comerciante local, percebendo o desespero da mãe, levou o menino até a 5ª Companhia do 27º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), na região. Em menos de três minutos, Gabriel já estava respirando normalmente.
“A polícia agiu com extrema rapidez; são verdadeiros anjos em nossas vidas”, expressou a mãe. Após o incidente, o menino foi levado por uma viatura ao hospital, onde permaneceu internado por seis dias em observação. “Eles até nos visitaram no hospital”, acrescentou Carolina.
O soldado Gabriel Nogueira Gonzalez, que trabalha há dois anos na área de atendimento do 27º BPM/M, realizou a manobra de desengasgo em Gabriel. O policial salientou a importância de manter a calma e aplicar o treinamento em situações críticas.
Como agir em caso de engasgo de bebê?
É crucial estar preparado para realizar os primeiros socorros em caso de engasgamento. O capitão Raphael Fernandes Brito, com dez anos de experiência no Corpo de Bombeiros, oferece algumas orientações:
1. Posicione a criança de bruços em seu antebraço, com a cabeça mais baixa que o corpo, e mantenha o queixo suportado em sua mão. Estenda o pescoço do bebê para desobstruir as vias aéreas.
2. Dê cinco tapas firmes nas costas da criança, com a cabeça inclinada para baixo e para frente, para expulsar o objeto ou fluido que está causando o engasgo.
3. Vire a criança e verifique se o objeto foi expelido. Use seus dedos para remover qualquer obstrução remanescente com cuidado.
4. Se a criança ainda não estiver respirando, aplique cinco compressões no peito.
5. Repita os passos se necessário.
Se possível, tenha outra pessoa para auxiliar enquanto você executa os procedimentos de primeiros socorros e chama o serviço de emergência. “Cada segundo é crucial”, enfatizou Raphael.
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